
Mamografia e o sistema BI-RADS: aprenda a interpretar
Para interpretar as MAMOGRAFIAS e, atualmente, adaptada até mesmo para ultrassonografias, existe o sistema Breast Imaging-Reporting and Data System – ou, simplesmente, BI-RADS. Ele é relativamente novo, tendo iniciado em 2003.
Sendo assim, pela sua importância, é necessário compreender adequadamente como interpretar o sistema BI-RADS. Por essa razão, nesta publicação você vai aprender o que diz cada classificação deste sistema.
BI-RADS 0: inconclusivo
Esta primeira categoria, de BI-RADS 0, sugere que o exame foi inconclusivo. Isto significa, portanto, que são necessários exames adicionais para que o diagnóstico diferencial seja preciso.
Neste caso, então, a conduta médica deve ser a de solicitar novos exames para a região, como a ultrassonografia das mamas. Assim, o médico poderá realizar um diagnóstico mais preciso.
BI-RADS 1: negativo
Pois bem, se na categoria inicial havia inconclusão, em BI-RADS 1 temos o resultado negativo. Ou seja, nada de anormal foi encontrado no exame, de modo que a paciente se encontra sem a doença e sem alterações nas mamas.
Ainda assim, é importante salientar que, mesmo que o resultado seja negativo, os exames de rotina continuam. Ou seja, o médico deve solicitá-los normalmente após a idade pré-estabelecida pelas diretrizes de prevenção.
BI-RADS 2: benigno
Em seguida, temos o possível resultado de BI-RADS 2. Ele indica que o achado foi benigno. Nele, há a presença de calcificações de aspecto meia-lua (conhecido como “leite de cálcio”), por exemplo.
Como resultado, a conduta médica deve ser a de realizar a repetição da mamografia com uma periodicidade anual ou quando for necessário. Também deve constar no histórico da paciente.
BI-RADS 3: provavelmente benigno
Agora, com BI-RADS 3, temos um provável achado benigno. Isto significa que existe uma possibilidade, ainda que pequena (normalmente menor de 2%) de se tornar um tumor. Microcalcificações redondas ou ovais, nódulos não-palpáveis e outras lesões se enquadram aqui.
Por isso, a conduta médica é um pouco distinta aqui. Isto porque os exames devem ser repetidos com uma periodicidade menor, de cerca de 6 meses, com acompanhamento de até 3 anos.
BI-RADS 4: achados suspeitos
Seguindo com a classificação, BI-RADS 4 indica a presença de achados suspeitos entre os resultados. Ou seja, aqui já existe um risco maior de tornar-se em câncer.
Neste caso, há uma variação de 2% a 10% (tipo A, com suspeição baixa), 11% a 50% (tipo B, suspeição intermediária) ou 51% a 95% (tipo C, suspeição alta). Como resultado, a conduta médica deve ser de estudo histopatológico.
BI-RADS 5: sugere ocorrência maligna
Nesta quinta categoria do sistema BI-RADS, já há uma grande probabilidade de as lesões serem cancerígenas, com uma suspeição de acima de 95%. Entre as características, há microcalcificações ramificadas ou nódulos densos e espiculados.
Assim como no anterior, a conduta deve ser a de solicitação de biópsia percutânea, com estudo histopatológico. Isto irá auxiliar no diagnóstico final.
BI-RADS 6: malignidade comprovada
Por fim, em BI-RADS 6 temos a certeza de que os achados possuem malignidade. Aqui, observa-se o câncer que já está diagnosticado, e que não tem alterações adicionais.
Por conseguinte, a conduta médica é um pouco menos precisa. Isto porque vai variar de caso a caso, conforme o histórico do paciente, suas características e a respostas a outros tratamentos.
Este sistema é fundamental para a interpretação de mamografias. Se você gostou do conteúdo, compartilhe com seus conhecidos, para que estejam a par deste sistema de classificação!